O curso de Licenciatura em
Educação Física da UEFS está completando neste ano de 2012 seu décimo quinto
aniversário. Fato este que precisamos comemorar, pois, são quinze anos de
história, de lutas e conquistas, seja pela via burocrática ou pela via da
manifestação/mobilização, onde os estudantes na maioria das vezes se colocaram
na comissão de frente dessas intervenções no embate direto por melhorias e
avanços no curso.
Hoje, o curso da UEFS, está em
ascensão, e se configura como um dos melhores do nordeste, e também do Brasil.
O que podemos comprovar com a estrutura curricular do curso, que mantém a
formação em LICENCIATURA, não a fragmentando como diversos cursos do Brasil
fizeram após a resolução n. 7 de 31 de março de2004, que institui as Diretrizes
Curriculares Nacionais (DCN’s) para os cursos de graduação em Educação Física.
Dessa forma, a UEFS não retrocedeu ao criar um curso de bacharelado e a
garantir uma formação única, muito pelo contrário, avançou ao entrar com um
processo contra o CONFEF (Conselho Federal de Educação Física) no Ministério
Público Federal para garantir que seus egressos possam atuar nos espaços não
escolares, já que segundo o MEC (Ministério da Educação), a titulação de
Licenciado legitima a nossa atuação em todos os campos, intervindo
pedagogicamente enquanto professores de Educação Física. E, portanto, não
podemos permitir as ingerências do CONFEF/CREF sobre a nossa atuação.
Há também comemorações que não
gostaríamos de fazer. Nosso curso comemora quinze anos de uma mesma estrutura
que já está defasada, precarizada e insuficiente para as demandas de um dos
melhores cursos do Brasil. Faltam salas de aula, as que existem são apertadas;
o laboratório de atividade física (LAF) se encontra pequeno e com aparelhos
ultrapassados; não há quadra coberta, inviabilizando aulas no sol e na chuva;
faltam materiais didáticos; não há a contratação de professores... Elementos
que dificultam e inviabilizam a realização de aulas e demais atividades
pedagógicas, de pesquisa e extensão. Fora o fato de nesses quinze anos não
ter-se criado um curso de especialização na área.
Portanto, depois de quinze
anos, são muitas as precariedades necessitando uma grande melhoria, e é
imprescindível que avancemos em nossas lutas, pelas vias burocráticas e mais
ainda através da manifestação/mobilização, porém, só organizados coletivamente
poderemos conquistar progressos em nosso curso.
As comemorações também são dos
eventos ocorridos aqui na UEFS, que casualmente caíram no mesmo ano em que o
curso se torna “debutante”.
De 02 a 09 de setembro foi
realizado (pela primeira vez em Feira de Santana) o XXXIII Encontro Nacional de
Estudantes de Educação Física (ENEEF), onde foram reafirmadas as pautas e
posicionamentos defendidos pelo Movimento Estudantil de Educação Física (MEEF),
além de comemorar os 20 anos da Executiva Nacional de Estudantes de Educação
Física (ExNEEF).
Outro evento importante está
ocorrendo neste exato momento, IV Congresso Nordeste de Ciências do Esporte
(CONECE), que assim como ENEEF, é a primeira vez que é realizado nesta
instituição.
O CONECE é organizado pelo
Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE), principal entidade de nossa
área, mas, que, por posicionamentos (não tomados) por esta entidade e que vão
de encontro ao proposto pelo MEEF e por outras entidades, faz-se necessário
fazermos a crítica, de forma com que possamos avançar em nossas sínteses.
Como exposto durante o texto, o
curso da UEFS avançou quando não se dividiu e quando foi para o embate sob as
ingerências do sistema CONFEF/CREF ao processá-lo, garantindo uma formação que
legitima nossa atuação em todos os campos.
Da mesma foram, o MEEF, no
ENEEF realizado aqui na UEFS, reafirmou a defesa pela Licenciatura Ampliada e
contrariedade a fragmentação e a regulamentação da profissão, trazendo o
exemplo dos embates em diversas instituições no Brasil a fora para a unificação
e a implementação da Licenciatura Ampliada em seus cursos.
Enquanto isso, o CBCE, maior
entidade científica da área, não se posiciona perante a fragmentação em licenciatura
e bacharelado, e em relação à formação em Licenciatura Ampliada.
Esta “neutralidade” do CBCE só
contribui para fortalecimento do lado mais forte, ou seja, do lado hegemônico e
reacionário da área que é o sistema CONFEF/CREF.
Dessa forma, o MEEF mais uma vez,
vem cobrar do CBCE uma posição perante a fragmentação e a regulamentação da
profissão, pois da forma que está não dá mais pra ficar, é preciso se
posicionar!
CBCE, COM(M)ECE a se posicionar!!!
Sigamos... NA LUTA POR UMA FORMAÇÃO UNIFICADA!
Diretório
Acadêmico de Educação Física/UEFS
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